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Na Parte 1 desse artigo, falamos sobre vários fatores que podem influenciar o funcionamento do chuveiro, entre esses fatores, a vazão de água e a potência do chuveiro.

banho-frio

Nessa parte do artigo, vamos ver como deve ser feita a instalação e como resolver alguns problemas do chuveiro que não esquenta.

Veja um video sobre instalação básica:

 

INSTALANDO O CHUVEIRO

Em primeiro lugar devemos desligar a rede de alimentação para o setor que vai receber o chuveiro.

Encaixamos o chuveiro na rosca apropriada usando fita veda-rosca de modo a evitar vazamentos de água (figura 9).

Usando a fita veda-rosca
Usando a fita veda-rosca

Devemos prever antes dessa operação, de acordo com a pressão da água, se vai ou não ser necessário usar a arruela redutora de fluxo. Para locais com muita pressão, a arruela redutora deve ser colocada de modo a reduzir o fluxo de água, pois, caso contrário, a potência do chuveiro pode ser insuficiente para obter um bom aquecimento.

Nos locais de pequena pressão essa arruela é desnecessária.

b) Rosqueado o chuveiro na posição de funcionamento, passamos à parte elétrica.

Para fazer as ligações dos fios devemos usar terminais com parafusos do tipo mostrado na figura 10.

Usando os terminais de parafusos
Usando os terminais de parafusos

Descasque as pontas dos fios e encaixe-as nos furos dos terminais que devem estar com os parafusos previamente e parcialmente desapertados.

Encaixando os fios é só apertar, para que se garanta uma boa conexão elétrica.

Não se recomenda a emenda simples de fios enrolados e depois protegidos com fita isolante (figura 11) por diversos motivos.

Nunca faça este tipo de emenda
Nunca faça este tipo de emenda

O primeiro é que este tipo de emenda não garante um bom contato permanentemente. A umidade do local de funcionamento do chuveiro faz com que se forme facilmente uma capa de óxido no fio, que afeta o contato e em pouco tempo pode ser produzido calor adicional que prejudica definitivamente o contato. O fio acaba por aquecer e até sua capa de plástico derrete com o perigo de curto-circuito.

O segundo motivo é que a umidade faz também com que a fita isolante escape com o tempo, prejudicando o isolamento e gerando o risco de um curto-circuito.

O isolamento deficiente também expõe o usuário a um choque, o que nas condições de alta tensão e corrente em presença de umidade é extremamente perigoso, conforme já vimos.

c) Completada a instalação, antes de ligar a alimentação na chave geral, abra o registro de água, deixando-a escorrer por alguns instantes.

Isso é importante, porque se a alimentação elétrica do chuveiro for ligada quando o seu reservatório interno ainda estiver seco, o aquecimento do elemento interno será muito grande e conseqüentemente sua dilatação, podendo ocorrer a queima do mesmo.

O elemento interno só pode receber corrente se estiver imerso em água, daí a necessidade de encher antes o chuveiro, com a abertura do registro.

d) Podemos passar agora à operação seguinte, que consiste em ligar a chave de alimentação do setor em que está ligado o chuveiro.

e) O teste definitivo de funcionamento é feito abrindo o registro do chuveiro.

A água deve correr e ser produzido o ruído característico do aquecimento. Em poucos segundos a água deve atingir sua temperatura normal, para a qual o chuveiro foi ajustado.

Caso o aquecimento não seja o esperado, devem ser feitas as seguintes alterações :

a) Verificar a vazão da água com eventual retirada ou colocação da arruela de limitação de fluxo na rosca.

b) Redimensionar a potência do chuveiro com a escolha de um tipo apropriado. Se a água não esquenta o suficiente, mesmo com baixa pressão e o redutor de fluxo, é recomendável a compra de um chuveiro mais potente. Se a água esquenta demais, mesmo sem o redutor de fluxo e com boa pressão da água, uma potência menor será suficiente. Neste caso, evidentemente, o chuveiro também pode ser usado nas posições de menor aquecimento.

USANDO O PRESSURIZADOR

Um problema que acontece em muitos locais é que a pressão da água é insuficiente para a obtenção de um bom fluxo, o que leva a um “banho de pingos” mesmo sem a arruela de limitação da água.

Isso ocorre, por exemplo, em sobrados, onde o segundo andar não tem boa pressão da água devido à sua proximidade do reservatório de água.

Numa residência, com estas condições, o chuveiro do segundo andar não tem boa pressão, com um fluxo de água pobre e um aquecimento excessivo.

Uma maneira de superar os problemas de falta pressão, obtendo um bom fluxo de água, é com o uso de um pressurizador.

Existem chuveiros que já incorporam este pressurizador, mas também existe o pressurizador separado que pode ser usado com qualquer chuveiro comum (figura 12).

Um pressurizador para chuveiro
Um pressurizador para chuveiro

Um pressurizador nada mais é do que uma bomba de água alimentada pela mesma energia que alimenta o chuveiro. Esta bomba pressiona a água que vai para o chuveiro, somente no momento em que ele é ligado (figura 13).

A bomba interna ao pressurizador
A bomba interna ao pressurizador

A instalação de um pressurizador é muito simples, conforme mostramos na figura 14.

A ligação do pressurizador
A ligação do pressurizador.

O procedimento para a instalação do pressurizador é o seguinte:

a) Desligamos a alimentação do chuveiro na sua chave geral, interrompendo assim a corrente.

b) Retiramos o chuveiro antigo.

c) Colocamos o pressurizador na rosca, que deve ter uma fita veda-rosca para evitar vazamentos.

d) Colocamos, em seguida o chuveiro na rosca apropriada do pressurizador, também usando a fita veda-rosca.

e) Ligamos o chuveiro e o pressurizador aos fios de alimentação, conforme indicado na figura, usando uma barra de terminais com parafusos. O fio terra deve ser ligado da mesma forma.

f) Antes de ligar a alimentação dos dois dispositivos, abrimos por alguns instantes a água de modo a encher a cavidade em que se encontra o elemento de aquecimento do chuveiro. Fechamos o registro depois disso.

g) Ligamos a alimentação do circuito na chave correspondente e fazemos o teste de funcionamento. Abrindo o registro de água do chuveiro, o pressurizador também deve entrar em funcionamento, assim como o próprio chuveiro, obtendo-se um fluxo maior de água quente.

Para o caso de instalação de chuveiros com pressurizador, o procedimento é o mesmo dos chuveiros comuns.

Observamos que o consumo de energia do motor do pressurizador é bastante baixo, menor que 1/10 da potência do próprio chuveiro, de modo que o usuário não precisa se preocupar com um aumento no gasto de energia elétrica (pode haver aumento no consumo de água, por motivos óbvios) e nem com o redimensionamento dos fios da instalação.

Também é importante notar que as caixas dos pressurizadores são de plástico, o que garante uma boa segurança contra choques, em caso de toques acidentais.

INSTALANDO UM CONTROLE DE TEMPERATURAJá podem ser vistos em algumas casas especializadas, mercados, etc., dispositivos que visam controlar linearmente a potência de um chuveiro, ou seja, permitem fazer um ajuste contínuo da temperatura da água (figura 15).

Instalando um controle de temperatura
Instalando um controle de temperatura

Estes dispositivos nada mais são do que dimmers de alta potência que, por meio de um circuito eletrônico, podem usar potenciômetros de baixa corrente.

Assim, controlando o ângulo de condução da corrente alternada, esses dispositivos podem dosar linearmente a potência aplicada ao chuveiro, e com isso sua temperatura.

A vantagem para o usuário é grande: a temperatura da água pode ser ajustada rigorosamente, sem alterar seu fluxo.

Veja que, diferentemente disso, nos chuveiros comuns o que fazemos é selecionar uma determinada faixa de temperaturas e depois ajustar a temperatura exata pelo fluxo de água, atuando no registro. Com o dimmer ou controlador de potência, isso é feito por meio de um potenciômetro e não pelo fluxo de água. A instalação destes controles é simples, pois basta intercalá-los entre o chuveiro e os fios de alimentação (figura 16).

Instalação de um controle de potência num chuveiro
Instalação de um controle de potência num chuveiro

Nesta instalação devemos:

a) Desligar a alimentação geral do chuveiro para evitar o perigo de choques durante a operação de instalação.

b) Desligar os fios do chuveiro e intercalar o controle de potência. Para isso devemos desapertar os parafusos dos bornes de conexão para que os fios encaixem perfeitamente.

Depois apertamos cuidadosamente cada um dos bornes da ponte de terminais para obter o melhor contato.

c) Antes de ligar a alimentação novamente, conferimos a ligação e fixamos o controle (potenciômetro) em lugar acessível.

d) Ligamos a alimentação e verificamos o funcionamento.

QUANDO O CHUVEIRO NÃO ESQUENTA

Se a água sai fria em qualquer posição do controle de temperatura, não havendo o ruído característico do funcionamento do chuveiro, temos então um problema a ser resolvido.

O problema pode estar na instalação como, por exemplo, a abertura de um fusível ou disjuntor, ou no próprio chuveiro, que pode estar com sua resistência interrompida (queimada).

O procedimento para verificação é simples e faz uso da lâmpada de prova:

Procedimento 1:

Ligamos os fios da lâmpada de prova (com cuidado) nos terminais de alimentação do chuveiro, conforme mostra a figura 17.

Verificando se a alimentação chega ao chuveiro
Verificando se a alimentação chega ao chuveiro

b) Se a lâmpada acender, então o problema não está na instalação, mas sim no próprio chuveiro. Passe diretamente para o procedimento 2.

c) Se a lâmpada não acender, então o problema está na instalação. Vá até a caixa de distribuição e verifique os fusíveis ou disjuntor, conforme procedimento já explicado.

d) Se o fusível ou disjuntor estiverem abertos e com sua troca ou rearme o chuveiro voltar ao normal, o problema está resolvido. No entanto, se isso não acontecer, passe ao procedimento 2, pois o problema está no chuveiro.

Procedimento 2:

a) Desligue a alimentação e abra o chuveiro, retirando o elemento de aquecimento.

b) Faça um exame visual deste elemento. Se ele estiver ruim (queimado), isso será percebido pela interrupção do fio de nicromo.

Este fio não pode ser emendado, pois além da solda comum não “pegar”, a simples emenda por torção não serve, pois a dilatação e contração durante o funcionamento fariam com que o ponto emendado escapasse facilmente. A única solução é a troca do elemento de aquecimento.

COMO TROCAR UMA RESISTÊNCIA DE CHUVEIRO

A troca da resistência de um chuveiro é uma operação simples na maioria dos tipos.

Para as chamadas “duchas”, a troca é ainda facilitada pelo fato da resistência nova vir em suporte encaixável (figura 18).

Trocando o elemento de aquecimento
Trocando o elemento de aquecimento

Assim, para a troca deste tipo de elemento proceda da seguinte forma:

a) Desligue a alimentação do chuveiro na chave de distribuição.

b) Abra o chuveiro e retire o elemento de aquecimento queimado, colocando um novo.

O elemento novo pode ter as mesmas características do original ou ser mudado, caso o usuário deseje um comportamento diferente para seu chuveiro. Na verdade, este seria o momento ideal para conseguir um funcionamento melhor do chuveiro, caso o obtido até então não lhe agrade.

Se desejar um aquecimento maior, utilize um elemento de maior potência, ou seja, com a resistência “mais curta”.

Verifique entretanto, se as novas características estão dentro das especificações suportadas pela instalação.

Na escolha do novo elemento esteja atento para a tensão de funcionamento: um elemento de 110 V ou 127 V queimará se ligado numa rede de 220 V, enquanto que um de 220 V, se ligado na rede de 110 V ou 127 V, não esquentará.

c) Feche o chuveiro e abra o registro de água por um instante para enchê-lo de água.

d) Ligue a chave de distribuição de energia e teste o funcionamento do chuveiro.

Para os tipos em que o elemento de nicromo (resistência) é que deve ser trocado, temos um pouco mais de trabalho:

a) Desligue a chave de distribuição de energia, para não haver qualquer perigo de choque durante o trabalho.

b) Abra o chuveiro com cuidado e retire a base de porcelana em que está enrolado o elemento de nicromo. Em alguns tipos, esta base sai juntamente com o diafragma e os contatos (figura 19).

Retirando o elemento de aquecimento
Retirando o elemento de aquecimento

c) Retire o elemento que está queimado, cortando com um alicate suas partes presas para não perder tempo.

d) Coloque o elemento novo que deve ter características semelhantes ao original ou de acordo com o permitido, para serem obtidas novas características de aquecimento (mais curto ou mais comprido).

Prenda bem as extremidades do fio e a derivação para a temperatura intermediária (mais quente) de modo a não haver qualquer perigo de mais contatos.

A espiral do fio de nicromo deve estar muito bem encaixada nos sulcos da base de porcelana e bem esticada.

Durante o funcionamento, quando esta espiral se aquece ela se dilata. Se não estiver bem esticada, ela pode escapar dos sulcos e encostar nas espirais adjacentes provocando curto-circuito e a sua própria queima.

e) Feita a remontagem do elemento de aquecimento, encaixe novamente o conjunto no chuveiro fechando-o com cuidado.

Aproveite para verificar o estado dos contatos e do diafragma.

Os diafragmas de borracha tendem a ficar ressecados ou perder a flexibilidade, caso em que ocorrem falhas de funcionamento. Nem sempre, pelo custo, compensa fazer a troca de todo o conjunto: a compra e instalação de um chuveiro novo pode ser mais vantajosa.

f) Recolocado o conjunto e fechado o chuveiro, abra o registro para enchê-lo de água.

g) Ligue a alimentação na chave geral e faça um teste de funcionamento do chuveiro.

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Fontes: http://www.newtoncbraga.com.br e http://acidezfeminina.com.br/

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