Vamos descrever alguns dos principais componentes dos fogões a gás e os possíveis defeitos.

REGISTROS

Os registros são responsáveis pela ajuste de gás necessário para a manutenção da chama desejada. Os mecanismos internos dos registros são lubrificados com graxa grafitada, que opera também como vedante.

Podem ser fabricados de zamak ou latão e os componentes internos dos registros não devem ser desmontados para a manutenção sob pena de deixá-los com vazamento de gás. Atualmente os registros são utilizados principalmente para controle dos queimadores da mesa. Antes de julho 2006, eram utilizados também para controle do forno. Desse modo, a maioria dos fogões ainda tem registro comum para controle do forno.

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O defeito que pode ocorrer no registro é vazamento no seu corpo. Pode ser por problema no projeto, tempo de vida ou entrada de sujeita. Outro problema é a rigidez da haste, ou seja, não se consegue girar o registro para abrir ou fechar. A rigidez quase sempre é por falha no projeto, devido a falta de graxa ou diferença da dilatação dos materiais internos.

VÁLVULA DE SEGURANÇA

A função da válvula de segurança é interromper automaticamente a saída de gás caso a chama do queimador da mesa, forno ou top grill se apaguem acidentalmente.

A partir de julho de 2006, todos os produtos comercializados no Brasil devem ter válvula de segurança nos queimadores do forno ou top grill. Assim, evita que ocorra um acumulo de gás dentro do forno caso a chama se apague durante o uso, evitando possíveis explosões que podem, além de danificar o produto, causar graves acidentes com o consumidor.

Na mesa, não é obrigatório a válvula de segurança, porém alguns modelos possuem.

Veja animação do funcionamento aqui.

Note na animação, que para manter a passagem de gás, o disco deve estar em contato com a bobina (magneto).

DICA: Muitas vezes, devido a falha no projeto do fogão, não se consegue ligar o forno devido ao manipulo encostar antes no painel e limitar o curso da válvula. A bobina não tem energia para “puxar” o disco. A bobina apenas mantém o disco, caso o mesmo já esteja em contato com a bobina (magneto).

A válvula de segurança está sujeita aos mesmos defeitos dos registro, vazamento e rigidez da haste. Além disso, o sensor termopar deve estar bem conectado na válvula, caso contrário, com mau contato, irá existir algo como uma resistência elétrica entre o sensor e a válvula. Assim, a válvula receberá uma tensão menor e não funcionar adequadamente.

SENSOR DE TEMPERATURA DA VÁLVULA DE SEGURANÇA

O sensor de temperatura é um termopar que gera uma pequena tensão elétrica (mV) que aciona a bobina (magneto) da válvula se segurança.

Medição da tensão do termopar

Para medir a tensão (mV) gerada no termopar que alimenta a bobina, ajuste um Multímetro para leitura de tensão em milivolt (mV). Deve-se medir próximo a conexão com a válvula.

O valor encontrado deve ser entre 4 à 8 mV. Caso não esteja, verifique o seguinte:

a) Se o termopar esta posicionado corretamente, pois a chama que faz o termopar gerar a tensão (mV).

b) Se a ponta do termopar se encontra limpa, livre de qualquer tipo de resíduo.

c) Caso o fogão possua timer, verifique seus contatos.

d) Se o valor estiver muito acima, por exemplo, mais de 15mV, quer dizer que não tem carga no termopar. Pode ser que a bobina esteja aberta, ou a conexão do termopar com a válvula esteja com mal contato.

TIMER

Alguns timers interrompem a passagem de gás após o tempo pré-ajustado. Normalmente tem uma posição manual e o queimador fica acesso como se não tivesse o timer. O timer pode comandar o queimador do forno ou da mesa, dependendo do modelo do fogão.

Outros timers mais simples, tem apenas a função de avisar por meio de uma campainha que o tempo pré-ajustado terminou.

TERMOSTATO

O termostato é um dispositivo destinado a manter constante a temperatura preestabelecida do forno, através de regulação automática. Um mecanismo desse tipo é composto por dois elementos: um indica a variação térmica sofrida pelo sistema e é chamado elemento sensor; o outro controla essa variação e corrige os desvios de temperatura, mantendo-a dentro do intervalo desejado.

A variação de temperatura a que está sujeito o elemento sensor faz dilatar ou contrair o fluído (óleo) contido no interior do elemento sensor. Esta dilatação ou contração do óleo regula a passagem de gás para o queimador.
Deve-se ter cuidado com o sensor do termostato e jamais coloca-lo diretamente na chama. Caso necessite de troca, instalar no mesmo local do anterior, caso contrário, o controle da temperatura será diferente do marcado no painel.

Semelhante ao registro e a válvula de segurança, o termostato pode apresentar defeito de vazamento ou rigidez da haste.

A maioria dos Termostatos tem uma Válvula de Segurança acoplada. O uso do termostato no fogão é limitado apenas para alguns modelos mais sofisticados.
INJETOR

O injetor regula a quantidade de gás enviado ao queimador, através do furo que limita a passagem do gás. Em conjunto com o venturi, a saída do gás do injetor provoca o deslocando (arraste) do ar no sentido do fluxo. Este ar arrastado é chamado de ar primário.

O furo do injetor de gás tem grande importância, pois é ele que determina a chama máxima (potência) do queimador, assim para cada queimador existe um injetor próprio.

Todo o injetor tem uma marcação do diâmetro do furo. Caso tenha que trocar, obrigatoriamente instale um igual para o correto funcionamento do queimador.

Dependendo do projeto do fogão, o injetor pode estar na posição vertical ou horizontal. Quando o injetor está em posição vertical, pode ocorrer entupimento do injetor devido a queda de sujeira, por exemplo, pelo cozimento ou limpeza do produto. Com injetor na posição horizontal é mais difícil isso ocorrer.

O entupimento também pode ocorrer por alguma sujeira dentro do conjunto de distribuição e o gás arrasta para o injetor. Em qualquer caso de entupimento, a limpeza deve ser efetuada com cuidado para não alterar o diâmetro da furação, mas o correto é a troca.

TUBO VENTURI

Na saída do injetor, o gás e o ar arrastado entra no venturi, enviando a mistura gás e oxigênio para o queimador.

Combustão

Para ocorrer a queima, o gás combustível necessita de oxigênio. O oxigênio para esta mistura é obtido da atmosfera, que também é composta de nitrogênio, argônio e outros gases.

Para melhor aproveitamento deste oxigênio, nos fogões a mistura do oxigênio é feita utilizando o princípio TUBO VENTURI. Observe que o gás aumenta a velocidade quando passa pela área menor.

Queimador do Forno com Venturi

Relembrando:

Registro, Válvula de Segurança ou Termostato: São responsáveis pela regulagem da chama mínima, intermediária e máxima. O ajuste é feito pela regulagem da vazão do gás que passa pelo componente.

Injetor: Após o registro, o gás é enviado ao injetor. Na saída do injetor ocorre a captação do ar primário que é enviado ao venturi. O furo do injetor é que determina a potência do queimador. Furo maior, potência do queimador maior. Furo menor, potência do queimador menor.

Venturi: Em conjunto com o injetor, efetua a otimização do gás junto com a captação do ar primário.

Ar primário: É a mistura do ar como gás antes da queima (Ar = oxigênio).

Ar secundário: É a mistura do ar como gás durante a queima.

QUEIMADOR E ESPALHADOR DA MESA

O processo da queima (combustão) ocorre no espalhador do queimador. Quando a mistura do gás com o oxigênio chega até queimador e depois aos orifícios do espalhador, após a ignição, ocorre o acendimento da chama.

Conjunto Queimador de Mesa

Em alguns modelos, queimador e espalhador são uma peça só. Em outros modelos são peças separadas. Neste caso deve-se ter cuidado para que o espalhador esteja bem encaixado no queimador, caso contrário, a queima pode ocorrer dentro da câmara do queimador. Desse modo, o ponto mais quente da chama fica em contato com o espalhador e ocorre o derretetimento e inutilização do mesmo.

Outro problema que pode ocorrer é a deformação pela queda do queimador e principalmente do espalhador. Também pode ocorrer deformação por choque térmico, ou seja, resfriamento brusco das peças. Caso ocorra qualquer deformação das peças, pode prejudicar o perfeito encaixe das peças e comprometer a combustão. Assim, as peças devem ser trocadas.

Nunca deve alterar os furos ou rasgos do espalhador, pois as dimensões foram definidas para obter a melhor qualidade da chama.

Atualização:

MANGUEIRA METÁLICA

Cortamos uma mangueira metálica para você ver como é por dentro.

A  parte interna é de um material sanfonado de cobre, e a parte externa uma manta entrelaçada também metálica.

Veja também:

Curso sobre fogões a gás

 

Elaborado por: Eletrodomésticos Fórum

Referências:

www.ultragaz.com.br

www.iope.com.br

www.brastemp.com.br

www.orkli.com.br

www.sabaf.it

www.emicol.com.br

http://pt.wikipedia.org

http://www.geocities.com/CapeCanaveral/4045/monoxcarbon.html

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