Ficar preso no trânsito prejudica a todos. Gera mais poluição, causa stress, perda de tempo e de dinheiro.

Mas pode ser uma maneira de produzir algo positivo dessa catástrofe dos tempos modernos: energia a partir da pressão dos veículos no piso. “Nós podemos produzir eletricidade em qualquer lugar onde se tenha uma estrada usando energia que normalmente é desperdiçada”, explicou à agência Reuters , Uri Amit, presidente da Innowattech.

Este asfalto trata-se de um piso sustentável que teria a capacidade de gerar energia elétrica conforme um veículo circulasse sobre ele. A seguir conheça mais sobre esta tecnologia e seu funcionamento.

A estrutura é simples: uma placa de cerâmica que responde a impulsos mecânicos e gera pulsos elétricos. A este fenômeno é dado o nome de Efeito Piezoelétrico. Desta maneira, sendo este material adicionado ao composto do asfalto ou piso em questão, teria a capacidade de transformar a energia cinética do veículo, que é transmitida pelas rodas, em energia elétrica absorvida pelo material do piso.

 

No Brasil esta sendo feito um estudo com o objetivo de tornar possível esta tecnologia, com o intuito de que a energia gerada seja utilizada para alimentar semáforos, iluminação pública de ruas, avenidas, estradas, e outras sinalizações luminosas.

Na UNESP, cientistas estão pesquisando a respeito de como construir sensores de radiação e umidade do solo para projetarem dispositivos piezoelétricos. Podemos encontrar estes dispositivos na natureza sob o aspecto de cristais de quartzo, mas se fosse possível sintetizá-los artificialmente propiciaria o seu uso em escala industrial para um projeto amplo como esse.

 

Os pesquisadores, no início dos estudos, utilizavam materiais importados, e mais tarde pensaram em procurar por materiais nacionais com características semelhantes.

Assim sendo, o grupo ao desenvolvimento de um material de nanopartículas chamado de Titanato Zirconato de Chumbo (PZT), adquiro por meio de um processo químico. Disposto em forma de filmes, estes compostos cerâmicos nanométricos não necessitam ficar expostos na superfície do solo, o que possibilita o seu em condições mais adversas, como temperaturas abaixo de 0ºC, temperaturas muito altas e de inundações.

A energia seria gerada através de uma pressão intermitente no material, efetuada pelas rodas dos carros, ou pelas passadas dos pedestres, provocando uma deformidade no material que é o responsável por desprender as cargas elétricas. A quantidade de energia emitida é diretamente proporcional a massa sobre os sensores piezoelétricos.

De acordo com os testes realizados pelo professor Walter Katsumi Sakamoto, ao colocar o composto PZT, que foi desenvolvido por ele juntamente com a professora Maria Aparecida Zaghete Bertolchi, entre duas placas de acrílico, impulsos manuais aplicados foram o suficiente para gerar energia capaz de acender um led instalado ao dispositivo.

De acordo com o professor Sakamoto, shoppings centers poderiam empregar o uso desses pisos especiais que transformassem os passos dos usuários em energia que seria utilizada para iluminar os corredores, citando como exemplo, no Japão, que tem algumas estações do metrô com esta tecnologia aplicada aos pisos.

Levando-se em conta que as lâmpadas de led gastam muito menos energia que as lâmpadas fluorescentes, sendo um grande avanço da tecnologia de iluminação, em um tempo relativamente curto poderemos ter esta tecnologia em nossas ruas, sendo uma iluminação mais barata e mais eficiente.

Apesar de estarmos atrasados em vários aspectos, é bom saber que o Brasil não está estático em relação a novos conhecimentos e tecnologias.

Fontes: http://www.planetabilidade.com.br e http://eletrocuriosidades.blogspot.com

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