Desde 1º de julho de 2014 não se pode fabricar ou importar as lâmpadas incandescentes de 60 watts. Essas são as lâmpadas mais usadas pelos brasileiros e logo vão desaparecer do nosso mercado. As de 100 e 150 watts já está bem mais difícil encontrar, pois já faz algum tempo que não se pode mais fabricar.

Aos poucos o Brasil está dando adeus a uma companheira que está ao nosso lado há mais de cem anos. As próximas são as de 25 e 40 watts que sairão de produção em 2015.

lampada-incandescente-proibidaA regulamentação consta na Portaria Interministerial n° 1007/2010, do Ministério de Minas e Energia.

Com base nessa portaria, as lâmpadas incandescentes com potência de 60 watts ainda terão uma sobrevida de um ano, prazo máximo que os varejistas poderão comercializar seus estoques. A expectativa do comércio é que os estoques terminem antes desse prazo.

Motivos da proibição:

Quando se compara as lâmpadas incandescentes com fluorescentes compactas ou LEDs nota-se que as incandescentes consomem muito mais energia e possuem uma durabilidade expressivamente inferior, de 6 a 20 vezes menor. Por outra perspectiva tem ainda o apelo ecológico, indo contra a sustentabilidade, as lâmpadas de outras tecnologias consomem menos energia e ainda evitam que toneladas de dióxido de carbono sejam lançadas na atmosfera prejudicando o meio ambiente.

Economia de energia

O consumidor tem agora basicamente três opções de lâmpadas domésticas. A halógena com bulbo, a fluorescente compacta e a de led. Todas mais caras do que a incandescente. Mas como elas gastam menos energia e duram mais, técnicos dizem que o saldo final é positivo.

De acordo com estimativa da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), ainda devem existir cerca de 16 milhões de lâmpadas de 60 watts em Minas Gerais. Como essas lâmpadas devem ser substituídas pelas fluorescentes compactas de 15 watts, temos uma redução de 45 watts por unidade, proporcionando uma redução de quase 6% da capacidade total da companhia ao final.

“Em um mês, a economia de energia poderia representar um montante de 72 GWh/mês, que seria suficiente para atender uma cidade de 600 mil habitantes, do porte de Uberlândia ou Contagem (MG). Já para uma família que tem um consumo médio de 150 kWh/mês e possua quatro lâmpadas de 60 watts, a substituição pelas LFCs pode representar uma economia de 12% no valor da conta de energia”, explica o gerente de Eficiência Energética da Cemig, Leonardo Rivetti.

“Numa residência com aproximadamente 10 lâmpadas incandescentes, a pessoa trocando 60 watts por 10 watts lâmpadas led representa uma economia anual da ordem de R$ 200”, afirma Isac Roisenblatt, dir. Ass. Bras. Ind. Iluminação.

Essa e outras medidas são importantes para o consumo consciente da energia no Brasil. Seguindo essa tendência, o Programa Energia Inteligente, da Cemig, é focado na eficiência energética e promoção de ações voltadas para uso consciente e eficaz da energia elétrica, ações muito importantes, principalmente neste ano de condições hidrológicas desfavoráveis.

Se todas as casas passassem a usar lâmpadas de led no lugar da incandescente, por exemplo, a economia de energia seria igual a todo o consumo residencial dos sete estados da região norte do país.

Muita gente vai sentir saudades desta luz amarelada e confortável. Os produtos modernos nem sempre conseguem imitar a luz que o filamento incandescente produz. Mas é o preço a pagar pela eficiência energética. Principalmente no momento em que o Brasil atravessa uma escassez de chuvas que deixou os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis críticos.

Fontes: http://g1.globo.com , http://casaecampo.net.br e http://noticias.terra.com.br

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