A umidade pode combinar com a maioria dos refrigerantes usados nos sistemas de refrigeração, causando a formação de compostos altamente corrosivos, normalmente ácidos, que irão reagir com o óleo lubrificante e/ ou com outros elementos do sistema, incluindo metais.

Esta reação ocasionara a corrosão de válvulas, mancais, vedações, camisas dos cilindros do compressor, etc. Também pode causar a decomposição do óleo lubrificantes, com a formação de resíduos metálicos que entupirão as válvulas e passagens do óleo, reduzindo a vida útil do equipamento.

Em compressores hermético a umidade e a principal causa de danos no isolamento elétrico, causando curto circuitos das ligações do compressor.

Embora seja praticamente impossível manter um sistema de refrigeração sem umidade, deve ser feito o maximo possível para que o teor dela seja mantido abaixo do nível que pode produzir danos. Este nível varia consideravelmente dependendo:

do gás refrigerante;

do tipo de óleo lubrificante;

da temperatura de operação;

da temperatura de descarga do compressor.

A umidade em um sistema de refrigeração pode ser encontrada sobre a forma de água ou compondo uma solução com o refrigerante. Quando na forma de água, em geral vai congelar no capilar (ou outro dispositivo de expansão), impedindo a passagem do refrigerante. Com isso o sistema ira funcionar de forma intermitente.

O congelamento e um sinal evidente que a quantidade de água excede o maximo aceitável. No entanto, a não ocorrência de congelamento não significa que o teor de água esteja abaixo do Maximo aceitável, não causando corrosão.

Em sistemas de condicionamento de ar não ocorrem congelamentos pelo fato da temperatura de funcionamento ser superior ao ponto de congelamento da água. Novamente o não congelamento não significa que não exista corrosão. Na verdade, os sistemas que trabalham com “altas” temperaturas de evaporação muitas vezes estão mais sujeitos a corrosão devido a presença de umidade – isso ocorre porque quantidades relativamente elevadas podem passar desapercebidas por períodos relativamente longos.

Fonte: http://cursonaioton.blogspot.com
Autor: Antonio Araujo de Freitas (Coordenador Técnico de Cursos)

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